TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
A terapia
cognitivo-comportamental é um termo genérico que abrange uma variedade de mais
de 20 abordagens dentro do modelo cognitivo-comportamental. Os primeiros
escritos importantes e as primeiras abordagens cognitivo-comportamentais para o
tratamento de distúrbios emocionais começaram a surgir nos anos 1960 e 1970 com
autores como Aaron Beck, Albert Ellis, Lazarus, Meichenbaum e Mahoney, entre
outros.
Todas as
terapias cognitivo-comportamentais derivam de um modelo cognitivo prototípico e
compartilham alguns pressupostos básicos, mesmo quando apresentam diferentes
abordagens conceituais e estratégicas nos diversos distúrbios. Três proposições fundamentais definem as
características que estão no núcleo das terapias cognitivo-comportamentais:
1. A actividade cognitiva influencia o
comportamento.
2. A actividade cognitiva pode ser
monitorizada e alterada.
3. O comportamento desejado pode ser
influenciado mediante a mudança cognitiva.
O desenvolvimento da terapia
cognitivo-comportamental deu-se num momento histórico em que as abordagens eram
a psicanálise, o behaviorismo e, em menor escala, o humanismo.
A seguir mostramos os perfis cognitivos de
alguns distúrbios:
Depressão – Visão negativa de si, dos
outros e do futuro (tríade cognitiva).
Hipomania ou episódios maníacos – Visão inflada
de si, dos outros e do futuro.
Comportamento suicida – Desesperança e
conceito autodesqualificador.
Ansiedade generalizada – Medo de perigos
físicos ou psicológicos.
Fobia – Medo de perigos em situações
específicas, evitáveis.
Pânico – Medo de um perigo físico ou mental
iminente.
Estado paranóide – Visão dos outros como
manipuladores e mal-intencionados.
Distúrbio conversivo – Ideia de
anormalidade motora ou sensória.
Distúrbio Obsessivo-compulsivo –
Pensamentos continuados sobre segurança; actos repetitivos para proteger-se de
ameaças.
Anorexia ou bulimia – Medo de ser gordo e
não atraente.
Hipocondria – Preocupação com doença
insidiosa.
A estrutura organizacional do pensamento:
A TC identifica e trabalha 3 níveis de
cognição:
1 – Pensamento automático;
2 – Pressupostos subjacentes;
3 – Crenças nucleares.
Todos nós temos crenças, pressupostos e pensamentos
automáticos tanto positivos quanto negativos, mas normalmente, quando falamos
nestes conceitos, estamos a referirmos aos disfuncionais.
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