segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ESQUIZOFRENIA


Esquizofrenia

 

Definição

Etimologicamente, esquizofrenia vem do grego schizo (dividir em dois) e frenio (mente). Assim, a esquizofrenia passou a receber a definição de mente dividida ou cisão das funções mentais.

De acordo com o DSM-IV, a esquizofrenia é uma perturbação psíquica severa caracterizada por dois ou mais sintomas do seguinte conjunto de sintomas, tendo a duração de pelo menos um mês:

Alucinações, que são percepções de algo inexistente. As alucinações podem ser visuais, sinestésicas ou auditivos.

Delírios (construção errada do pensamento). Os delírios podem ser da fala desorganizada (incompreensível), catatónica.

Sinais e sintomas

A esquizofrenia, talvez o transtorno mental de maior comprometimento ao longo da vida, caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os processos cognitivos, seus efeitos repercutem também no comportamento e nas emoções.

Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea. Podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.

Sintomas positivos

Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal, como que "acrescentadas" às funções psíquico-orgânicas da pessoa. Entende-se como sintomas positivos

  • delírios (ideias delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais do doente que não são partilhadas por um grande grupo",como, por exemplo, um indivíduo que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta e acha que é o responsável pelas guerras do mundo);
  • alucinações, percepções irreais de audição, visão, paladar, olfato ou tacto, sendo mais frequentes as alucinações auditivas e visuais;
  • pensamento e discurso desorganizado (confusão mental), elaboração de frases sem qualquer sentido ou invenção de palavras;
  • alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade constante na fase de crise

Sintomas negativos

Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais, "acompanham a evolução da doença e refletem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais (não confundir com esquizoidia",) como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social (não confundir com a esquizoidia); apatia; indiferença emocional total e não transitória; pobreza do pensamento".

Estes sinais não se manifestam todos da mesma forma, na pessoa esquizofrênica. Algumas pessoas vêem-se mais afetadas do que outras, ao ponto de muitas vezes impossibilitar-lhes uma vida normal. No entanto, alguns sintomas podem oscilar, aparecer e desaparecer em ciclos de recidivas e remissões.

"Não há, contudo, sinais nem sintomas patognomônicos da doença, podendo-se de alguma forma fazer referência a um quadro prodrómico que são em grande parte sintomas negativos, como, por exemplo, inversão do ciclo de sono, isolamento, perda de interesse por atividades anteriormente agradáveis, apatia, descuido com a higiene pessoal, ideias bizarras, comportamentos poucos habituais, dificuldades escolares e profissionais, entre outras. Posteriormente a esta fase inicial, surgem os sintomas positivos".

"Diz-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia são insidiosos. O primeiro sintoma de sossego/calma e afastamento, visível num adolescente, normalmente passa despercebido como tal, pois se remete o facto para "é uma fase". Pode inclusivamente ser um enfermeiro de saúde escolar ou um conselheiro a começar a notar estas mudanças. (…) É importante dizer-se que é muito fácil interpretar incorretamente estes comportamentos, associando-os à idade.".

 

Causas

 

Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, a etiologia das psicoses, principalmente da esquizofrenia, é incerta, ou melhor, de causação multifatorial. Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos.

 

Alguns famosos diagnosticados com esquizofrenia

BETTIE PAGE

SYD BARRETT

EDUARD EINSTEIN

VASLAV NIJINSKY

JOHN FORBES NASH JR

LIONEL ALDRIDGE

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